Pessoal semana intensa de tênis! tive o privilégio de assistir muitos jogos, entre o qualifying e a chave principal do Brasil Open, além de participar do workshop do torneio.

São Paulo 04/02/2018 Brasil Open 2018 – Fabio Fognini é campeão. Foto Paulo Pinto/FotosPublicas
De tudo que pude observar o que mais me impressionou foi o chileno Nicolas Jarry. O jovem venceu quatro batalhas em três sets até perder a grande final nos detalhes para o talentoso Fábio Fognini.
Ele reúne alguns atributos dos grandes jogadores profissionais de tênis a listar:
1) A capacidade mental de se manter focado no jogo e não jogar a toalha;
2) perfeição dos golpes, fruto de uma biomecânica quase perfeita, repetições ao extremo para o aperfeiçoamento contínuo;
3) físico invejável, nesse caso de todos atletas, sem exceção. Ouvi relatos de que ele treinava forte por uma hora e meia antes dos jogos (!).
Jogadores como Jarry, Fognini, Zeballos, Cuevas, Monfils, Rogerinho e outros destaques do torneio têm ainda características que os diferem:
A) Um ou mais golpes letais;
B) Talento para fazer jogadas que outros jogadores não conseguiriam. Exemplo principal é o Gael Monfils;
C) Tenacidade de se manter no jogo, mudar de estratégia e vencer;
D) Espírito de campeão. Se nota muito nas vitórias do Rogerinho, algo que outrora não ocorria;
E) Comprometimento. O que sobra aos argentinos. Segundo o técnico da Davis, Daniel Orsanic, na Argentina os jogadores são de classe média e fazem do tênis um meio de ganhar a vida;
F) Muito profissionalismo e preparação impecável antes de entrar na quadra;
G) Belonging: Palavra que significa acreditar que eles merecem estar lá. Nota se que em jogadores inexperiente ainda falta esse atributo.
Resumindo, acredito que veremos muitos desses jogadores brilharem no circuito profissional, em especial o Jarry, disputando Grand Slams com possibilidades reais de vitória.
Para os brasileiros, fica a lição, que temos um longo caminho pela frente. Continuo acreditando no potencial do tênis no Brasil.