O mundo das raquetes de tênis

Um bom jogador e aluno joga há 15 anos com a mesma raquete. Adora suas raquetes e não consegue achar uma raquete a altura para substitui-las. Tenho alunos universitários que estão voltando a jogar, como escolher uma raquete? E você que está começando a jogar qual a raquete ideal?

Para o iniciante

Acho que o mais fácil é escolher uma raquete usada ou uma raquete com preço mais baixo que pode ser comprada na Decathlon, Centauro ou até em uma loja de tênis. Mas não precisa comprar a melhor, e sim algo que dê para aprender a jogar. O mais importante é primeiro desenvolver o amor pelo esporte e pelo tênis. Se você está voltando a jogar ou ja é um jogador experiente, a escolha se torna um pouco mais complexa.

Algumas coisas para ter em mente:

1) muitas vezes o barato sai caro. Uma raquete ruim, pode gerar uma dor que pode lhe custar meses de tratamento, por exemplo. Se você já tem alguma lesão o mais importante é pesquisar bem. Hoje em dia, existem muitas opções para ajudar você a disfrutar do esporte sem causar dores adicionais

2) pesquise, leia a respeito de raquetes, cordas, peso, grip, espessura e tamanho.

3) teste, se possível

Lugares de empréstimo de raquetes

Nos EUA, existe um sistema de empréstimo de raquetes em lojas online para você testar. Aqui a Decathlon tem algo do estilo com uma gama limitada de raquetes que eles vendem, e algumas lojas especializadas em São Paulo, também.

A loja online ProTenista (www.protenista.com.br) está com um projeto de teste de raquetes de tênis. Vale a pena pesquisar.

O que eu faço para testar

Bom, eu escolho assim: foco no que é importante para meu jogo e no que eu gostaria que a raquete me ajude. Compro e jogo, fim do problema! Tá, no máximo pergunto a algum amigo, peço emprestada 5 minutos e bato uma bolinha com a raquete. Geralmente eu me adapto: se não me adapto, sempre existe a opção de venda. Nunca tive que vender. Mas sei que eu sou uma excessão a regra.

As pessoas mais exigentes

Os mais minuciosos, abaixo um processo detalhado de escolha de raquete:

1) marca Head, Wilson, Babolat talvez as mais famosas. Tem também Yonex, Dunlop, Prince, Tecnifibre e outras muitas marcas;
2) peso sem corda, com corda;
3) espessura do aro;
4) 16 ou 18 cordas e tipo de corda;
5) material da raquete;
6)profissionais usando? para que estilo de jogo?
7) disponível para teste;
8) serve para meu estilo? Vai me ajudar com o meu ponto forte/fraco? Me identifiquei ou me identifico com o jogador que joga, representa a raquete?;
9) preço.

Explorando os detalhes técnicos

A) quanto mais pesada a raquete, maior potência. Se for no cabo o peso ajuda no controle, na cabeça ajuda na aceleração. Quando competia, tinha 6 raquetes com 3 tipos de pesos: para jogar em São Paulo, 800m de altitude; na praia, em que a bola não anda e Campos do Jordão com peso no cabo para controle;

B) corda 16 x18/19 cordas. Geralmente mais espaço entre cordas, mais potência.
Mas também tem a espessura da corda, quanto mais fina, mais spin e menos durabilidade. Geralmente de 15 gage até 19+. Material do básico nylon, até a sofisticação da tripa natural ou sintética, passando pelo poliéster e kevlar.

Como elas jogam?

Bem diferente e você tem que testar e ver se cabe no seu bolso também. A tensão é muito importante. Hoje, se joga com menos tensão para fazer menos forca e se aproveitar do efeito estilingue.
A construção da corda é algo que jogadores profissionais e detalhistas observam.
C) espessura da raquete. Galera mais velha, mais espessa a raquete ajuda a fazer menos força;
D)tamanho do aro. Aro 98+ ajuda a ficar mais fácil acertar a bola. Serve para o Roger Federer, serve para mim 🙂

Materiais

As raquetes antigas eram de madeira, empenavam e tinham que ficar em um quadro. Com a evolução surgiu alumínio como as raquete T2000 e fibra como as Head Arthur Ash, Donay. Hoje, são feitas de materiais compostos com carbono, titânio e cerâmica.

Isso tudo ajuda a bater mais fácil na bola e em teoria ter menos dores no braço, cotovelo e pulso. Não funciona se você exagerar e jogar mais de 1 hora e meia seguida em ritmo forte e não for um jogador semi profissional pelo menos.

Ah, um bom treino é treinar com raquetes antigas, se você conseguir bater fica mais fácil bater com modelos novos depois. Um bom treino de habilidades.

Bom vou fazer um pequeno comentário sobre as principais marcas

A) Babolat: A raquete do Rafa Nadal

B) Head: A raquete do Novak Djokovic. Muito usada na Europa.

C) Wilson: A raquete da Serena Williams e do legendários Roger Federer. Muito popular e famosa nos EUA.

D) Yonex raquete usada pelo suiço Stan Wawrinka. Aerodinâmica diferente que diz conseguir 7 % a mais de sweet spot ou área de contato.

F) Dunlop. Raquete usada pelo duplista Jamie Murray e pela polonesa recém aposentada Agnieskza Radwanska

G) Prince raquete do gigante americano Jonh Isner

H) outras: Volki, Gamma, Tecnifibre ProKennex, etc.

Por fim, na época que jogava, um jogador brasileiro famoso, Júlio Góes dizia “raquete tem que durar um ano e meio a dois anos, depois é bom pegar outra para aprender e desenvolver seu jogo”. Além disso, os materiais se gastam e você perde a sensação boa da raquete nova, seria como um tênis de corrida já muito usado.

Bons jogos e boa sorte encontrando sua nova raquete. Ajuda muito ter raquete nova para se motivar a treinar. Lembre-se de não exagerar nos treinos de quadra para depois não por a culpa na raquete.

Sobre o Autor
Formado em Relações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero e Especialista em Assessoria de Comunicação e Mídias Sociais pela Universidade Anhembi Morumbi, profissional com mais de 15 anos de experiência em comunicação organizacional. Desenvolvimento de atividades como: relacionamento com o público interno, coordenação e estratégias de criação e comercialização de campanhas em mídias sociais, trade marketing e comunicação externa. Know how em gestão de canais, organização de eventos, cerimonial e protocolo, relacionamento com stakeholders, além de coordenação da edição de publicações técnicas. Responsável pela carreira e imagem de atletas de performance e profissionais, além do gerenciamento da comunicação organizacional e marketing de empresas dos ramos de esportes, qualidade de vida, cultura, ensino e entretenimento, atendendo contas como CNA Idiomas e Sutton São Paulo. Atuou como docente convidado do módulo Relações Públicas, Assessoria e Comunicação Interna no curso de pós graduação de Gestão da Comunicação Integrada do Senac. Também ministra palestras sobre temas variados de comunicação.
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